quinta-feira, 31 de março de 2016

O padrão de beleza para os cabelos

Escrevi sobre padrões de beleza no meu último post.

Gosto de assuntos polêmicos, como vocês podem ver. Mas gosto especialmente desse assunto em questão, talvez porque por muito tempo tentei me adequar a padrões estipulados.

Digo isso porque por muito tempo mantive meu cabelo preso, já que ele era o tempo todo chamado de "cabelo ruim, cabelo duro, cabelo pixaim, cabelo que não molha", entre outros. Sim, as pessoas são maldosas e muitas vezes não percebem o quão mal estão fazendo à outras pessoas.

Pras pessoas que me zuavam, mesmo que muitas vezes de forma mais sutil e com pouca frequência, talvez aquilo não passasse de uma brincadeirinha inocente de criança ou adolescentes. Pra mim, porém, aquilo significava uma vida inteira fadada a ter um cabelo que nascia na minha cabeça e não era feito pra mim. Uma verdadeira maldição para que eu me sentisse feia a vida toda.

Não é fácil para uma adolescente, fase na qual estamos construindo nossa auto estima e nos preparando como seres humanos para os anos mais difíceis que virão pela frente.


Acho que já deu pra perceber o quanto isso me afetou. Nunca alisei meu cabelo, mas também nunca o deixei livre, leve e solto para divar! Sempre me senti feia e fora dos padrões da sociedade.

Foi por isso que eu escrevi no post anterior que estou vendo uma verdadeira revolução contra os padrões impostos de beleza. A quantidade de cacheadas se assumindo e se amando é realmente espantosa e o crescimento desse movimento é exponencial. Várias cacheadas estão aprendendo sobre quais os produtos certos para seus cabelos e sobre técnicas especiais para manter seus cabelos sempre bonitos! Lógico que um bom corte é o que faz a diferença também. Fez muito no meu caso!

Eu acabei entrando nessa onda maravilhosa e depois de muitos anos de auto opressão eu descobri que sou linda do jeito que sou. Que meu cabelo é lindo, independente do que os outros dizem. Aprendi a me amar acima de tudo, e isso ajudou a minha auto aceitação com todos os outros "defeitos" que eu tanto reclamava. A auto aceitação é algo maravilhoso!


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